segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ATRÁS DAS MASCARAS DA BONDADE

Os raios melancólicos da lua clareiam a minha triste cidade. O tédio envolve a alma dos juatubenses, a angústia, a miséria... em imagens opacas dominam os sentimentos de nosso povo. É a trágica orgia da guerra eleitoral. Os jornais trazem fotografias e manchetes escandalosas de corrupção nos poderes legislativo e executivo, crianças choram a perda de seus pais nas rodovias que cortam nossa cidade. A natureza pede socorro, o fogo destrói nossas matas, peixes morrem nos rios, árvores são cortadas a todo instante, a cada dia aparece mais animais sendo maltratados e abandonados em nossa cidade.
Seres humanos com mãos levantadas para o céu e o choro da dor de uma arvore ao ser cortada em plena primavera, como se estivessem pedindo piedade a Deus. Quando a ambição toma conta dos corações dos homens. Nada resolve... e aí vêm os famigerados lobos, atrás das mascaras da bondade, corrompendo tudo, arrastando as leis da moral, para oferecer este quadro dantesco de guerras políticas inúteis. Dói meu coração, pra quê tudo isso, apenas por ambição ao poder? Ah meu Deus, não quero fazer parte dessa classe política.... eu quero ser um homem bom, eu não quero acertar as contas da maldade e da ambição com Deus no julgamento final... Eu amo os animais, eu amo a natureza eu amo meu próximo mais tenho nojo dos covardes e aproveitadores. Agora aqui na minha amada cidade e terra natal políticos quase se matam reciprocamente em disputa pelo poder... ah meu Deus, me livre deste cálice amargo, dai me sabedoria para nunca me transformar em monstros como estes, me faça um homem bom... prefiro perder a vida do que me tornar um homem covarde capaz de destruir a natureza, os animais e os seres humanos.
Aqueles que conseguiram ler esta mensagem a qual escrevo em latim, em homenagem a fumaça do bom direito, vamos levantar a bandeira branca, vamos nos unir, para pedir paz, a todos os homens de corações cheios de bondade e justiça e àqueles covardes que estão hoje em nossa cidade, vamos expulsá-los para que não contaminem nosso povo.
É exatamente o que sinto neste momento.

PS: Esta é a tradução do meu pensamento que publiquei em LATIM.

Heleno Maia – 03/10/2011. 

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